A matéria
· Gêneros literários
· Gênero narrativo
· Crônicas: conceito e características
· Emprego do ISTO e ISSO
· Pronomes pessoais
· O porquê do travessão, vírgulas, dois pontos, aspas e parênteses.
A revisão
Gêneros literários
· Lírico
***
· Dramático: quando os "atores, num espaço especial, apresentam, por meio de palavras e gestos, um acontecimento". Retrata, fundamentalmente, os conflitos humanos.
O gênero dramático compreende as seguintes modalidades:· Tragédia
· Comédia
· Tragicomédia - Mistura de elementos trágicos e cômicos
· Farsa - pequena peça teatral
***
· Épico: quando temos uma narrativa de fundo histórico; são os feitos heróicos e os grandes ideais de um povo.
Por nos parecer mais didática, adotamos uma divisão em quatro gêneros literários, desmembrando do épico o gênero narrativo, para enquadrar as narrativas em prosa.
Gênero narrativo
Dividido em:
· Romance
· Novela
· Conto
· Fábula
·Crônica
Crônicas
Como todos nós apresentamos naqueles dias nas aulas, são basicamente:
Literárias - Onde o texto não interessa ao grande público, narrando um fato considerado fútil;
Não-literárias - Onde o texto interessa à um grande público, podendo ser publicada em um jornal, uma espécie de notícia com a opinião do autor.
As duas tem fatores em comum, como por exemplo o fato de ambas serem textos breves.
Emprego do ISSO e ISTO
a. Isto: algo que vai ser anunciado.
"Eu impliquei com Isto: seu tom de voz. Pronto."
b. Isso: algo de que já se falou.
"Você fala alto demais. Isso é falta de educação"
Considere ainda que ´isto´ (este, esta) identifica coisas ou fatos próximmos ao falante e ´isso´(esse, essa) coisas ou fatos próximos ao ouvinte, num ato de fala.
"Apontando a menina loira que se pendurava em seu braço, Luís disse ao pai:
- Esta é minha namorada. Ela está grávida."
"Apontando a menina loira que se pendurava ao braço do filho, a mãe falou, bem alto:
- Essa é a sua namoradinha? "
Pronomes pessoais
Pronomes pessoais são aqueles que designam uma das três pessoas do discurso.
Exemplo: Eu fui ao cinema de táxi. (eu = 1ª pessoa do discurso)
Os pronomes pessoais são subdivididos em:
- do caso reto: função de sujeito na oração.
Nós saímos do shopping. (nós = sujeito)
- do caso oblíquo: função de complemento na frase.
Desculpem-me. (me = objeto)
Os pronomes oblíquos subdividem-se em:
- oblíquos átonos: nunca precedidos de preposição, são eles: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes.
"Basta-me o teu amor. "
- oblíquos tônicos: sempre precedidos de preposição:
Preposição: a, de, em, por etc.
Pronome: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas.
"Basta a mim o teu amor. "
Pronomes Pessoais:
Número | Pessoa | Pronomes retos | Pronomes oblíquos |
Singular | primeira | Eu | Me, mim, comigo |
segunda | Tu | Te, ti, contigo | |
terceira | Ele/ela | Se, si, consigo, o, a, lhe | |
Plural | primeira | nós | Nos, conosco |
segunda | vós | Vos, convosco | |
terceira | eles/elas | Se, si, consigo, os, as, lhes |
Travessão: Usado em textos para indicar que não será o narrador à falar.
"― Bom dia!
― Bom dia, meu filho."
No meio de uma frase de uma personagem os travessões indicam uma curta intervenção do narrador para, por exemplo, esclarecer qual é a personagem que fala.
"― Matei um homem ― diz Mylia. ― Deixam-me entrar?"
Em qualquer texto, o travessão pode isolar e reforçar a parte final de um enunciado, como se fosse dois pontos.
"Um mundo todo vivo tem grande força — a força de um inferno." (Clarice Lispector)
Ou pode isolar palavras ou frases, como se fosse parênteses. Nesse caso usa-se travessão duplo.
"A sua vista não ia além
Dos quatro muros que a enclausuravam
E ninguém via — ninguém, ninguém —Os meigos olhos que suspiravam."
Vírgula: Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):
"Era um garoto de 15 anos, alto, magro. "
"A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. "
Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo:
"Nós queremos comer pizza e vocês, churrasco. "
Usa-se a vírgula para isolar:
"- o aposto:
João, sujeito ignorante, veio da Paraíba.
- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem."
Dois pontos: O sinal dois pontos tem dois usos principais, como veremos a seguir.
Indicar mudança de foco
Usa-se dois pontos para anunciar a mudança de foco de narrador para personagem ou de narrador para citação. Nesse caso, dois pontos são empregados conjuntamente com travessão ou aspas"Depois de pensar um pouco, ela concordou:
– Está bem. Vou com você."
Delimitar itens de uma aposição
Dois pontos são colocados entre os dois itens de uma aposição, em especial, quando o primeiro item caracteriza uma enumeração e o segundo item traz a enumeração em si. Por exemplo:
A ordem de atendimento é a seguinte: crianças, idosos e, por último, adultos.
Encaixam-se também nesse caso, os períodos em que o primeiro segmento, anterior aos dois pontos, sintetiza o segundo e posterior. Veja um exemplo:
"Conclusão: depois de tanta disputa não temos vitoriosos."
Essa solução é comum em formulários comerciais. Exemplos:
"Nome: Radamés Manosso.
Naturalidade: Curitiba."
Aspas: As aspas são sinais de pontuação usados para realçar certa parte de um texto.
As aspas são usadas para:
- citações
- destacar palavras pouco usadas (palavras estrangeiras, palavras com valor afectivo, palavras com sentido irónico etc.)
- títulos de obras
"São Paulo (maior cidade do Brasil) é uma metrópole de contrastes."
Também usa-se os parênteses em alguns casos para delimitar o segundo item de uma aposição.
"Acontece hoje a sessão inaugural da Organização das Nações Unidas (ONU)."
Quando delimitam intercalações e aposições, os parênteses têm a mesma função da vírgula e correspondem à pausa de valor sintático do discurso oral.
Outros usos especializados podem ser citados, como por exemplo:
Delimitar as referências de uma citação.
"Ao vencedor, as batatas!" (Quincas Borba – Machado de Assis.)
Delimitar o período de vida de uma pessoa.
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1986).
Indicar possibilidades alternativas de leitura.
Prezado(a) usuário(a).
O sinal de pontuação pode ficar interno aos parênteses ou externo, conforme o caso. Fica interno quando há uma frase completa contida nos parênteses. Exemplos:
Eu suponho (E tudo leva a crer que sim.) que o caso está encerrado.
Vamos confiar (Por que não?) que cumpriremos a meta.
Se o enunciado contido entre parênteses não for uma frase completa, o sinal de pontuação ficará externo.
O rali começou em Lisboa (Portugal) e terminou em Dacar (Senegal).
E se cair algo do tipo "funções da linguagem", aqui está:
Função emotiva (ou expressiva)
centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.
Função referencial (ou denotativa)
centralizada no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.
Função apelativa (ou conativa)
centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.
Função fática
centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
Função poética
centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas etc.
Função metalingüística
centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem.
Obs.: Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.
Ah... E se alguém lembrar (se houver) outra semelhança entre os dois tipos de crônicas, coloque nos comentários, ok?
xD
Agora, chega disso... Eu vou tomar um banho e descansar agora...
Espero ter ajudado :)
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